Como sou do clube dos poetas-escritores e dos poetas-leitores, seres suscetíveis que costumam ser chatos e pretensamente rigorosos com a palavra e, além disso, tive formação universitária em Letras, me habituei a ler não só por prazer, mas para compreender, analisar e, às vezes, criticar. Ou seja, ler com o máximo de consciência que me é permitido. Apesar disso, não descarto nunca o prazer da leitura, por mais árdua e necessária que ela pareça ser.
Alguém já disse que escrever bem é, antes de mais nada, o resultado de se pensar bem. Acho que tem a ver e, para isso, analisar e teorizar faz parte do jogo da criação artística e não devemos temê-las. Claro que não devemos permitir que elas nos paralisem a criação, o gesto criador. Em suma, o desafio é ler ou criar o seu texto deixando a ingenuidade de lado. Não há espaço para a ingenuidade na arte.
E para não termos medo da teoria, cito logo um teórico encantador, o Roland Barthes: "Um texto lido com prazer significa que foi escrito com prazer. Mas, o prazer de escrever não assegura o prazer do leitor no ato de ler, pois a recepção do texto dependerá de cada um".
Esse “dependerá de cada um” quer dizer que dependerá do background de cada um, da quilometragem de leitura e experiência/reflexão artística adquirida por cada um. Eu acrescentaria que o "escrito com prazer" significa também "escrito com algum engenho" e a fruição do gesto criador em seu ato gera o prazer da escrita.
De certa forma, tudo isso dá um pouco de trabalho, no melhor sentido da palavra. Não se nasce sabendo, óbvio. É uma busca consciente, um exercitar, na maior parte das vezes. A não ser que você seja um gênio que já nasceu falando, lendo e entendendo tudo.
É isso que nos propomos por aqui. Uma jornada conjunta de leituras, análises e criações de textos. Compartilharmos autores e suas estratégias de escrita, verificarmos onde e quando funcionaram, trocarmos impressões, dicas e recomendações.
Você que quer ser escritor, vá chegando, compartilhando, e mostrando a que veio. Ficarei muito feliz se puder ajudá-lo.
Alguém já disse que escrever bem é, antes de mais nada, o resultado de se pensar bem. Acho que tem a ver e, para isso, analisar e teorizar faz parte do jogo da criação artística e não devemos temê-las. Claro que não devemos permitir que elas nos paralisem a criação, o gesto criador. Em suma, o desafio é ler ou criar o seu texto deixando a ingenuidade de lado. Não há espaço para a ingenuidade na arte.
E para não termos medo da teoria, cito logo um teórico encantador, o Roland Barthes: "Um texto lido com prazer significa que foi escrito com prazer. Mas, o prazer de escrever não assegura o prazer do leitor no ato de ler, pois a recepção do texto dependerá de cada um".
Esse “dependerá de cada um” quer dizer que dependerá do background de cada um, da quilometragem de leitura e experiência/reflexão artística adquirida por cada um. Eu acrescentaria que o "escrito com prazer" significa também "escrito com algum engenho" e a fruição do gesto criador em seu ato gera o prazer da escrita.
De certa forma, tudo isso dá um pouco de trabalho, no melhor sentido da palavra. Não se nasce sabendo, óbvio. É uma busca consciente, um exercitar, na maior parte das vezes. A não ser que você seja um gênio que já nasceu falando, lendo e entendendo tudo.
É isso que nos propomos por aqui. Uma jornada conjunta de leituras, análises e criações de textos. Compartilharmos autores e suas estratégias de escrita, verificarmos onde e quando funcionaram, trocarmos impressões, dicas e recomendações.
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